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Comportamento ou personalidade?

Atualizado: 4 de set. de 2022

Habitualmente, ouvimos pessoas dizer: "tenho mau feitio" ou "tenho uma personalidade forte" ou "sou muito teimoso/a". Quando dizemos isto, será que estamos mesmo a falar de personalidade? Ou será uma escolha num momento "saltar-me a tampa" ou "passar-me e explodir"?

Com frequência confudimos um conjunto de conceitos e acabamos por legitimar a nossa tendência para a ação com atribuições erróneas.

Ora, personalidade é um conjunto de características duradouras, estáveis e padronizadas. Permite-nos agir de acordo com regras e normas, tendo por base determinados pensamentos e comportamentos.

Por outro lado, o comportamento é uma escolha. Decidimos ou não agir de determinada forma.


Face às circunstâncias que nos rodeiam, haverá sempre uma tendencia segundo a qual agimos. Contudo, o reportório comportamental pode/deve ser mudado e construído por nós. O comportamento será, em última instância, o que está nas nossas mãos alterar.

Se a previsibilidade nos dá segurança, dá-nos também desvantagens, principalmente quando as relações passam a ser mediadas de acordo com o que esperamos do outro. Advêm, daqui, evitamentos e estratégias que nos podem prejudicar: "não vou falar com o meu marido porque sei que ele vai reagir mal"; "já sei que se lhe disser isto, me vai criticar".

Quer isto dizer que a mudança passa por quem frequentemente "explode", mas também por quem assume saber as reações dos outros. Quer isto dizer que estabelecer padrões de comunicação eficazes é fundamental e, mais do que isto, desconstruir ideias pré-concebidas é imprescindível para a mudança e adaptação aos que nos rodeiam e aos diferentes contextos em que nos inserimos.

Vamos refletir. Estará ou não na altura de repensar as nossas atitudes e o nossos comportamentos?


Inês Sampaio Figueiredo

Psicóloga Clínica

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